16 de fev. de 2013

Namoro ou Amizade?


Como "chegar" em alguém tão próximo? É mais difícil falar para um(a) amigo(a) que você está "afim", ou saber distinguir se o que você sente é, realmente, paixão, tesão, ou se não é nada disso: "estou confundindo as coisas".

Muitas vezes nos encontramos com esta situação: estamos afim de uma pessoa para namorar, ou simplesmente para sermos o que já somos, amigos! Aconteceu comigo, e provavelmente já aconteceu ou acontecerá com você. A pergunta que fica no ar é: não estarei misturando os meus sentimentos? Será que gosto dele(a) como ser humano, o admiro pelas suas qualidades e, por isso, acabo pensando que "gosto" dele(a) a ponto de estar apaixonada(o)? Ou será que, por estarmos juntos todos os dias, e nesse convívio tão especial, com muitas brincadeiras e confissões de caráter bem particular, não dão um "clima" de extrema proximidade, cumplicidade e companheirismo, deixando-nos envolvidos profundamente?

"Muita calma nessas horas!", diria Juvenal Antena e, de fato, nesse momento precisamos dar uma "paradinha" para colocar as coisas em seus devidos lugares. Muitos sentimentos estão envolvidos neste caso e, em geral, são extremamente parecidos com os "modelos-padrão" e estereótipos de namoro e de amizade. O que se pode esperar num relacionamento de amizade? Companheirismo, franqueza, afeto,carinho, ajuda, conselhos e opiniões.
E o que poderíamos esperar de um relacionamento amoroso, um namoro? Companheirismo, afeto, carinho, conselhos... Não parece tudo igual?

O que seria o grande diferencial que nos permitiria distinguir nossos sentimentos em relação ao namoro e/ou a amizade? Que critério poderia ser usado, nesse momento, para nos ajudar a resolver essa situação de impasse?
Sabemos que há milhares e milhares de casos de grandes amigos que depois se tornaram namorados. E sabemos, também, que muitos casais, depois de se separarem, tornaram-se grandes amigos. Parece-nos, de qualquer maneira, que um elemento vital para quaisquer relacionamentos, seja de namoro, ou de amizade, é o companheirismo. E também é esse o maior entrave para a distinção de nossos sentimentos em relação a outra pessoa.

Mas, não podemos nos esquecer da paixão (para muitos, somente, tesão) , nesse ponto acho que paixão é mais forte do que simplesmente ter desejo por alguém! Acho que esse é o fator mais importante para estabelecermos uma certa lógica – se é que paixão tem alguma lógica! -, em nosso procedimento, ou seja, o passo seguinte na relação. Sem aquela mística da paixão, aquele "tempero quente" em nossos sentimentos, creio, que podemos diferenciar uma pessoa amiga, de um futuro namorado(a).

E o que é a paixão, senão uma completa e total "salada mista" de nossos sentimentos: é o tesão misturado com a compaixão, é a "entrega" cercada por saborosos e indecifráveis "mistérios" e segredos. É aquele estado de estar se sentindo plena(o), como se todos nossos sentidos estivessem mais apurados e mais afoitos também. Temos pressa de "consumir" toda a vida naqueles momentos de euforia e entusiasmo quase que infantis, nem bem acabamos de nos despedir dele(a), e já estamos com saudades, e já sonhando acordados e impacientes com o tempo, que não passa, aliás, perdemos completamente a noção de tempo e de idade.

Estamos tomados por um "surto" de felicidade, seríamos capazes de fazer qualquer loucura para estar junto desse alguém tão especial. E...fazemos, não tenham dúvida...e cada loucura! Descobrimos que nossas vidas não nos pertencem mais, pertencem à relação dos dois. Não conseguimos conceber o mundo, sem aquela pessoa em nossas vidas, em nossos pensamentos, em nossas camas!

Então, galera, acho que dá para distinguir namoro de amizade, colocando o "elemento fogo", a paixão, o tesão. Então para querer "ficar" com alguém, no mínimo, é necessário esse fogo da paixão, esse tesão, esse desejo de consumo...sim consumo, sim! Isso também, de alguma maneira, pode identificar um sentimento maior: o amor. Que é a somatória de tudo que se falou acima. Amor é namoro é amizade, é fogo, é paixão, é sonhar acordado, é pisar nas nuvens, sentindo a liberdade de estar voando, sem tocar chão pois, quem ama de verdade, está vivendo num plano mais sutil de realidade. E essa é a nossa procura incansável: um amor para se viver. Viver por um grande amor!



 


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